domingo, 11 de outubro de 2009

Os Lusíadas - Luis de Camões



Publicada em 1572, Os Lusíadas é a epopéia do povo português. A obra é composta de 10 cantos, repartidos em 1102 estrofes em oitava-rima (oito versos por estrofe e rima em ABABABCC) e decassílabos heróicos.
A epopéia camoniana é dividida em três partes: Introdução (proposição, invocação e dedicatória); Narração e Epílogo, tendo como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias.
A narração tem início quando as caravelas de Vasco da Gama já estão navegando pelo Oceano Índico, portanto, em plena viagem. Os navegantes são supervisionados pelos deuses do Olimpo e decidem o destino dos navegantes após a realização de um concílio.
Os portugueses encontram em Vênus uma preciosa aliada e em Baco o mais ferrenho inimigo. Na costa oriental da África os portugueses aportam em Moçambique e depois em Melinde, cujo rei pede a Vasco da Gama que conte a história do país, motivo dos cantos três e quatro. Dois episódios serão destacados dentro da história de Portugal.
O primeiro é protagonizado por Inês de Castro, jovem que acompanha D. Constança de Castela, princesa prometida a D. Pedro, filho de Afonso IV de Portugal. Jovem de rara beleza, Inês atrai a atenção do príncipe herdeiro que, após a morte da esposa, casa-se secretamente com ela. Afonso IV, ouvindo conselhos daqueles que viam nela mais uma aventureira a serviço da Espanha, manda matá-la.
O inconformado D. Pedro, ao assumir o trono português, fez de sua amada a rainha de seu povo, desenterrando-a e coroando-a. Camões obtém um efeito extraordinário ao inserir na epopéia este episódio essencialmente lírico.
No canto seguinte (IV), Gama prossegue, narrando a história de Portugal desde a dinastia de Avis (D. João I) até a partida da armada para a Índia. Nas últimas estâncias do canto está inserido o episódio de O Velho do Restelo.
Portugal vive uma fase de euforia quando do início das grandes navegações. Em meio à preparação da partida das naus rumo às grandes conquistas surge o velho do Restelo, representando a oposição passado x presente, antigo x novo.
O velho chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. O Velho do Restelo simboliza a preocupação daqueles que antevêem um futuro sombrio para a Pátria.
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/livrosresumos/ult2755u31.jhtm, em 19/07/2009.

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